sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Simpatia - Walmar Coelho

Vem lá de dentro da alma
A força da simpatia
Cerca e prende as pessoas
Com intensa alegria
Agrada os que estão perto
Da afável companhia.



Walmar Coelho

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Caleidoscópio - Por Sônia Coelho


O que dizer dessa saudade?
São pedaços da vida que giram
Feitos vidrinhos de caleidoscópios


Reflexos, lembranças coloridas,
Que num instante estão aqui e acolá,
Brilhando, indo e vindo, sem parar.
Fragmentos, imagens, momentos
Que nunca mais se repetirão.

Sônia Coêlho.

P.S. Este caleidoscópio foi feito pelo meu pai Adauto Coelho.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

§ As Nove Musas - Por Walmar Coelho


1 Calíope
2 Clio
3 Euterpe
4 Tália
5 Melpômene
6 Terpsícore
7 Érato
8 Polímnia
9 Urânia

Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da eloqüência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.
Musa da bela voz, eloquência
Tinha o buril e a tabuleta
O ar majestoso era aparência
Numa mão trazia uma trombeta
Noutra, poema, a sua essência
Dava origem à cançoneta!

Clio (a que confere fama) era a musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucídide". Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.
Sua fama veio da história
O clarim, os louros e a trombeta,
O globo e o tempo são a memória
Clepsidra e não a ampulheta
Musa célebre, filha da glória
Mostra ditosa sua faceta

EUTERPE
Euterpe (a que dá júbilo) era a musa da poesia lírica e tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem, que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.
Euterpe e a coroa de flores,
Sua bela invenção que foi a flauta
Seu lirismo nos deu esplendores
E o júbilo fez a sua pauta
Encantavam-se todos amores
A serena se punha incauta

TÁLIA
Tália (a festiva) era a musa da comédia que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
A Tália era uma musa festiva
E conduzindo os ramos de hera
Seu cajado era a imagem viva
E o borzeguim que lhe persevera
Na comédia a maior e altiva
E com o clarim é que vocifera

MELPÔMENE
Melpômene (a cantora) era a musa da tragédia; usava máscara trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos.

Melpômene, era a musa cantora
Que punha a máscara da tragédia!
Oposto de Tália a canora
Que não seria a tragicomédia
Empunhava a maça acolhedora,
Grave e séria, postura média.

Terpsícore (a que adora dançar) era a musa da dança. Também regia o canto coral e portava a cítara ou lira. Apresenta-se coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. Alguns autores fazem-na mãe das Sereias
A irmã que adora dançar
Musa também do canto coral
A lira era o seu completar
Com a cítara, tão jovial
A mãe sereia a abrilhantar
O destaque exponencial.

ÉRATO
Érato (a que desperta desejo) era a musa do verso erótico. É uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita segura uma lira e com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Amor que beija-lhe os pés.
Érato despertava o desejo
Verso erótico, o seu guia
A lira e arco para manejo
Mirto e rosas lhe distinguia
E o amor aos pés por seu almejo
Completo o quadro conseguia

POLÍMNIA
Polímnia (a de muitos hinos) era a musa dos hinos sagrados e da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.
Polímnia, a dos hinos sagrados,
Musa da narração de histórias
Véu e vestido apudorados
Que meditava invocatórias
Quase deusa dos assessorados
Sublimando suas trajetórias

Urânia
· Urânia (celeste) era a musa da astronomia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso. Representam-na com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que ela pare ce medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade a que os astrônomos/astrólogos pediam inspiração.
Urânia, musa da astronomia
Seu símbolo o globo terrestre
Estrela, vestes, policromia
Globo e as medidas do mestre
Distinta e bela fisionomia
E nas peças úteis se orquestre!

Walmar Coelho