Sobre Zelito,
filho do tio Sebastião
Primo George,
Vou lhe contar uma do nosso primo
Zelito, que possuia uma imaginação fertilíssima e não perdia ocasião de
exercitá-la.
Ele estava uma vez, reunido a um
grupo de amigos criadores, como ele.
Nisto chega um empregado seu e
avisa-lhe em bom som, para que todos o ouvissem!
- Seu Zelito, a vaca arriou os
quartos.
Ele retruca de imediato!
- Eu não avisei que não se devia
ordenhar o animal como vocês o fizeram, contra minha recomendações? A vaca tinha
que ser desleitada, alternando-se as tetas em sentido diagonal. Resultado,
vocês foram ordenhar os peitos dianteiros, não deu outra. E concluiu,
- A vaca arriou a traseira!
(Era lógico que ele havia preparado a
situação, adrede.)
Outra dele:
Seu sogro era um homem de poucas
posses.
Mas, sempre que podia, desenhava
outra situação para o pai de Clarice.
- Eu não tenho nada, mas meu sogro
tem terras que vão da Messejana ao Ipu...
(Quando tiver ocasião, peça ao Bosco
e Gonzaga que eles sabem de muitas do Zelito).
Escrito por Walmar Coelhov
George Coelho Interessante como a geração de nossos pais gostava de binóculos. Acho que era um reflexo da segunda guerra mundial. Eu, por exemplo, herdei dois binóculos, que eu ainda os tenho, de meu pai. Me lembro também de uma telescópio poderoso pra ver os céús construído pelas mãos hábeis de meu tio Coelho.